A deusa
Hécate era filha dos titãs Perses e Astéria, mas foi criada por Perséfone. Viveu
no Olimpo, porém despertou a fúria de Perséfone um dia em que roubou-lhe um
pote de carmim. Desceu a terra, mas tornou-se impura, indo ao mundo inferior
com Hades para purificar-se. Com isso, passou a presidir cerimônias de
purificação e expiação.
Era
conhecida como a mais próxima de nós, pois acreditava-se que, nas noites de lua nova, ela aparecia com sua
horrível matilha de cachorros fantasmas diante dos viajantes que por ali
cruzavam. Ela enviava aos humanos os terrores noturnos e aparições de fantasmas e espectros. Também
era considerada a deusa da magia e da noite.
Zeus
lhe atribuiu prestígio, então Hécate manteve os seus domínios sobre a terra, os
céus, os mares e sobre o submundo, continuando a ser honrada pelos deuses que a
respeitavam e mantiveram seu poder sobre o mundo e o submundo.
Ela é representada ora com três
corpos ora com um corpo e três cabeças, levando sobre a testa uma tiara com a
crescente lunar, uma ou duas tochas nas mãos e serpentes enroladas em seu
pescoço. Suas três faces simbolizam a virgem, a mãe e a velha senhora. Tendo o
poder de olhar para três direções ao mesmo tempo, ela podia ver o destino, o
passado que interferia no presente e que poderia prejudicar o futuro. As três
faces passaram a simbolizar seu poder sobre o mundo subterrâneo, ajudando à
deusa Perséfone a julgar os mortos.
Dada a relação entre os feitiços
e a obscuridade, os magos e bruxas da Antiga Grécia lhe faziam oferendas com cachorros e cordeiros negros no final de
cada lua nova. Os marinheiros tinham-na como deusa titular, pedindo-a uma boa
travessia. Apesar de toda a obscuridade, Hécate espalhava sua benevolência para
os homens, concedendo graças a quem as pedia. Dava prosperidade material, o dom
da eloquência na política, a vitória nas batalhas e nos jogos. Proporcionava
peixe abundante aos pescadores e fazia prosperar ou definhar o gado. Seus
privilégios se estendiam a todos os campos e era invocada como a deusa que
nutria a juventude, protetora das crianças, enfermeira e curandeira de jovens e
mulheres.
Hécate foi uma deusa muito esquecida da mitologia grega. Apesar de sua força, teve relatos secundários como na guerra entre os deuses e os titãs e na ajuda à Deméter para que encontrasse sua filha. Quando Perséfone foi raptada por Hades enquanto colhia flores, sua mãe
perambulou em desespero por toda a Terra. Senhora dos cereais e alimento, a
grande mãe Deméter mortificada pela tristeza, privou todos os seres de
alimento. Nada nascia na terra e Hécate, sendo sábia e observando o que
acontecia, contou a Deméter o que havia sucedido a Perséfone.
Com Eetes, Hécate gerou a
feiticeira Circe, a deusa da noite, que se tornou uma famosa feiticeira com
imenso poder da alquimía. Segundo a lenda, a filha de Hécate elaborava venenos,
poções mágicas e podia transformar os homens em animais. Vivendo em um palácio
cheio de artifícios na Ilha Ea ou Eana, no litoral da Italia, Circe se tornou a
deusa da Lua Nova ou Lua Negra, sendo relacionada à morte horrenda, à
feitiçaria, maldições, vinganças, sonhos precognitivos, magia negra e aos
encantamentos que ela preparava em seus grandes caldeirões.
Fonte: http://mitologiagrega14.blogspot.com.br/2011/11/hecate-mitologia.html
http://eventosmitologiagrega.blogspot.com.br/2011/10/hecate-deusa-dos-caminhos.html